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Aluguéis residenciais têm alta de 1,02% em junho e demanda por compra segue aquecida. 

O mercado de locação residencial registrou aumento nos preços em junho de 2025. De acordo com dados do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), os aluguéis subiram 1,02% no mês, após terem recuado 0,56% em maio. 

Nos últimos 12 meses encerrados em junho, o IVAR acumula alta de 5,54%. No período anterior, até maio, o aumento já havia sido de 5,11%, sinalizando que mesmo em um cenário de crédito mais caro, o valor dos aluguéis segue em crescimento. 

Impacto da Selic no comportamento dos aluguéis. 

De acordo com o economista Matheus Dias, do FGV IBRE, a variação dos aluguéis reflete diretamente o nível atual da taxa Selic, hoje em 15% ao ano. “A variação dos aluguéis tem mostrado sensibilidade ao nível restritivo das taxas de juros, com desaceleração nas variações acumuladas em 12 meses. Em junho do ano passado, o IVAR registrava alta de 10,66%, bem acima dos 5,54% observados agora”, explica Matheus. 

A alta dos juros impacta tanto o financiamento para compra de imóveis quanto o mercado de locação, exigindo mais atenção por parte de incorporadoras e investidores. 

Demanda pela compra se mantém firme. 

Mesmo com a Selic elevada, o levantamento indica que a demanda pela compra de imóveis continua superando a busca por locação. “Os indicadores de vendas corroboram a hipótese de que a procura pela compra segue maior que a de aluguel, especialmente entre quem busca estabilidade e vê o imóvel como investimento a longo prazo”, completa o economista. 

Essa tendência tem sido observada principalmente nos segmentos de imóveis residenciais populares e de médio padrão, onde o interesse pela aquisição de unidades se mantém estável, mesmo em um contexto de crédito mais restrito. 

Cenário para os próximos meses. 

O comportamento dos aluguéis e da compra de imóveis deve seguir acompanhando de perto as decisões de política monetária nos próximos meses. Para o mercado imobiliário, a expectativa é de um segundo semestre mais cauteloso, com ajustes nos lançamentos e foco em projetos com maior liquidez e bom desempenho comercial. 

Na prática, incorporadoras e consumidores devem avaliar com mais atenção as condições de financiamento e as oportunidades do momento, buscando equilíbrio entre custos, demanda e planejamento financeiro. 

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